Caro leitor,
era 2005, eu estava trabalhando em uma agência de publicidade no centro do Rio de Janeiro, quando o meu telefone tocou.
– “Luciana, você acaba de ganhar um ateliê em Santa Teresa!”, vibrou o Paulo, meu namorado na época e que mais tarde se tornou meu marido.
– “Como assim?” perguntei a ele sem entender nada
Foi então que entendi.
Um amigo nosso italiano havia comprado um imóvel no bairro carioca de Santa Teresa para passar os carnavais no Rio de Janeiro e para o resto do ano, em que ele estaria na Itália, ofereceu o espaço para eu fazer o meu atelier.
Eu que já tinha o meu atelier em um outro bairro, adorei o convite de ter o meu espaço de produção e aulas em um lugar que é referência das artes e conhecido pelos seus ateliers.
Mas nem tudo são flores…
Era preciso tornar o nome do atelier conhecido e atrair alunos para o novo espaço para pagar os boletos desse novo espaço.
Mas antes deixa eu te explicar o que era ter uma escola de joias e bijuterias e fazer a divulgação dela há 15 anos.
Se você já dava aulas naquela época, sabe do que eu estou falando. rs
Era época de Cadê? Netscape, Blogger e… Orkut! Sim! Ele mesmo! O “tiozão” do Facebook. Além das mídias tradicionais.
Como anunciar em revistas e jornais era muito caro (isso ainda não mudou), eu resolvi que iria usar as “mídias alternativas” para promover e divulgar os meus cursos. Porém isso não era o bastante, na minha opinião, para conseguir me diferenciar de outras escolas de joalheria.
Preste muita atenção no que eu vou te dizer agora.
Para me diferenciar no nicho de cursos de joias e bijuterias carioca e atrair um público qualificado, eu pensei: “Tenho que encontrar uma brecha no mercado para diferenciar a minha escola das outras.”
Eu cheguei então para a minha cunhada e sócia Márcia e disse: “Precisamos nos diferenciar das outras escolas. Do contrário não teremos fôlego e logo vamos fechar.”
– “Mas como? Nesse nicho já existem escolas reconhecidas. Muito difícil competir com elas.” Ela me disse preocupada.
– “É verdade. Mas não precisamos competir com elas. É só a gente encontrar algo que elas ainda não estejam oferecendo. Algo complementar”, eu disse.
– “Hummm! Pode ser interessante.” ela disse concordando comigo.
Bingo!
Após uma pesquisa on-line, percebi que muitas técnicas diferentes não eram oferecidas aqui no Rio e comecei a convidar os professores dessas técnicas a virem dar suas aulas em meu atelier.
Resultado disso? Turmas lotadas, lista de espera e muita divulgação espontânea (totalmente gratuita mesmo) em veículos de comunicação.